terça-feira, 23 de julho de 2013

O QUE É DESIGN THINKING?

Design Thinking (Design Thinking) é a expressão da forma como os projetistas pensam, sistematicamente aplicada ao processo de inovação e solução de problemas complexos. É uma mentalidade e uma ferramenta para a tomada de ação quando confrontados com desafios difíceis, com base na crença de que todos podem fazer parte de um futuro melhor. Essa uma forma de pensar  necessária para a educação. Faculdades e escolas ao redor do mundo enfrentam muitos desafios a cada dia e os professores precisam de novas perspectivas e ferramentas para responder a elas o Design Thinking é um deles. Então, IDEO desenvolveu um guia (toolkit) para os educadores, contendo os processos e métodos para projetar, adaptados especificamente para o contexto da educação. Ele oferece novas maneiras de ser de design intencionalmente  colaborativo em  seu projeto e  estimula os professores  na criação  soluções com impacto. IDEO tem usado processos, métodos e ferramentas semelhantes para resolver complexos e experimentou como o Design Thinking. O método trabalha 05 fases:
Descobrir: Eu tenho um desafio que enfrentamos como?
Interprete: Eu aprendi uma coisa como você interpreta?
Conceber: Eu vejo uma oportunidade como faço?
Experiência: Eu tenho uma ideia de como eu faço?
Evolve: Eu tentei algo: como faço para evoluir?


Para maior aprofundamento do tema, faça o download do kit de ferramentas completo  no endereço a seguir: http://www.designthinkingforeducators.com/
O livro está em inglês, estou lendo e breve divulgarei tradução neste blog.

Ken Robinson - Cambiando Paradigmas



Para Benjamin FranklinA humanidade está dividida em 3 classes de pessoas: as que são imóveis, as que são móveis e as que se mexem" Este pensamento  foi declarado por Ken Robinson, especialista inglês em Educação Criativa, em janeiro deste ano ao finalizar sua palestra em um dos eventos organizados pela RSA, em que trabalhou algumas ideias que mais tarde aprofundou em outra  palestra, proferida em  maio "Bring on the Learning Revolution" , que trata da aprendizagem cognitiva e foi traduzida em formado de animação. O vídeo está em Espanhol e é um  material para pensar e refletir sobre a educação contemporânea. Em breve postarei a sua tradução para o português!

sábado, 4 de maio de 2013

MOBILE LEANIRG DESAFIOS DA EDUCAÇÃO

Estudiosos analisam o avanço do mobile learning

Consultar as notas da escola ou praticar Inglês no celular é uma tendência que está crescendo. O uso de smartphones está aumentando entre os adolescentes e até mesmo incipiente realidade para o mobile learning, aprendizagem através de dispositivos móveis, está começando a abrir novas possibilidades e desafios na educação.
Alguns especialistas em educação e novas tecnologias mostram que a utilização adequada desses dispositivos pode melhorar o desempenho devido ao aumento da participação do estudante em relação ao ensino tradicional. ”Uma das vantagens ao nível de escolaridade é a personalização e o envolvimento dos alunos na sua aprendizagem com novas atividades e até mesmo na construção de novos modelos pedagógicos se movimentando”, diz Santi Caballé, professor da Estudis d’Informàtica, multimídia i telecomunicações da Universidade Aberta da Catalunha (UOC).
Outra grande vantagem é a rapidez e mobilidade como lembra Caballé: “Esta tecnologia permite aprender em qualquer lugar e a qualquer hora”. Numa sociedade hiper-conectado o componente social é vital e isso facilita a aprendizagem móvel, ideal para a aprendizagem ao longo da vida e que a aprendizagem é contínua.
Para Pere Marques, diretor do Grupo de Pesquisa DIM (Didática, Inovação e Multimédia) da Universitat Autônoma de Barcelona (UAB), a mobile learningpara o ensino em sala de aula “é a mais” que estão disponíveis para o centro e faculdade com o objetivo de que “o aluno faça o melhor aprendizado possível com esta tecnologia ou de outra.” Com o avanço do ensino na escola, formação profissional ou universitária “é necessário adquirir as habilidades necessárias, para explorar todo o potencial do smartphone”.
O Mobile learning ainda está em sua infância, mas especialistas apontam para uma “rápida evolução” nos próximos anos. ”A mobile learning está em sua infância, mas está totalmente em expansão, e as pessoas começam a acreditar nesta nova metodologia de trabalho”, diz Martin. O professor da UOC recorda que “no final de 2012, havia no mundo seis biliões de celulares, no final deste ano e será um per capita, em média, ou seja, cerca de sete bilhões de smartphones”, agora há um bilhão e o mobile learning precisa especialmente de telefones inteligentes”.
Especialistas em educação e novas tecnologias concordam que um dos desafios é a formação de formadores para ensinar os alunos, especialmente à geração mais jovem, que são nativos digitais. ”Há muito trabalho a ser feito a partir do ponto de vista da formação de professores, a grande maioria, dos professores não têm smartphones”, diz Marques. “A barreira mais importante é a mudança de mentalidade dos professores até a hora que os nativos digitais se tornarem professores, eles não custam muito para se adaptar e” pensar “em forma de móvel“, acrescenta Caballé, também reconhece que cortes orçamentários podem “retardar” a ascensão dessa aprendizagem.
Embora, como toda a nova tecnologia tenha o seu lado positivo e negativo. Os riscos de telefones celulares também existem nas aulas. Quando estamos em sala de aula com computadores também corre o risco de um aluno ser distraído com  a navegação na Internet, o smartphone se controla mais do que o aluno, por isso, é necessário estabelecer um nível de jogo em sala de aula.
Para o aprendizado móvel ser uma realidade e todos os dias especialistas sublinham a necessidade de começar a adaptar o conteúdo e plataformas para dispositivos móveis, mas “sem esquecer que a indústria de tecnologia tem que andar de mãos dadas no mundo da aprendizagem.” O tempo de marcar o futuro da aprendizagem móvel, a aprendizagem que está aqui para ficar. "Espera-se que até 2015, 80% das pessoas acessem a Internet a partir de um dispositivo móvel. Isso indica que não podemos ir contra. Isso não é o que é, mas o que é. Nós nos adaptamos à onda ou ela vai nos sugar", conclui Martin.
 Criado em 30/04/2013
DISPONÍVEL: http://mlearningpedia.com.br/o-fenomeno-de-expansao-do-mobile-learning

DESIGNER DE CURRÍCULO: o futuro do PROFESSOR

“Professor do futuro será um designer de currículo”, diz Ronaldo Mota

O termo é desconhecido no Brasil, mas é bom você já ir se familiarizando com ele. O professor tradicional – esse com o qual estudamos anos e que conhecemos hoje – vem gradativamente se transformando no que em algumas escolas por aqui, mas mais intensamente nos Estados Unidos, chamam de designer de currículo. A principal função desse “novo” profissional está a de desenvolver currículos e projetos interdisciplinares, integrando às novas tecnologias. “O professor designer de currículo é a expressão maior e mais completa do mestre contemporâneo. Vai além de ministrar o conteúdo estrito senso, mas é também responsável por preparar o educando para o hábito de aprender a aprender, desenvolvendo habilidades de aprendizagem que são consideradas imprescindíveis aos profissionais e cidadãos em um mundo centrado na inovação”, afirma Ronaldo Mota, ex-secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e atualmente professor visitante do Instituto de Educação da Universidade de Londres.
Esses profissionais tanto podem se dedicar exclusivamente ao design de currículo quanto podem ser professores que intercalam essa função com sua prática de sala de aula. De acordo com Mota, eles poderão, por exemplo, criar portais interativos para abrigar suas videoaulas e outros recursos multimídia ou ainda estimular os estudantes para que criem seus próprios blogs. Os portais poderão servir como ambientes – além da sala de aula – para relação permanente entre o educador e os educandos, bem como os educandos entre si.
Mota, que também foi Secretário Nacional de Educação Superior, aponta como outra nova demanda desses designers de currículo a criação de Moocs (Massive Open On-line Course, cursos on-line gratuitos e em grande escala) . “Isso vai ser uma enorme revolução, uma vez que o professor tradicional gradativamente se transformará no designer educacional, que vai precisar dominar a tecnologia para produzir essas aulas”, afirma.
Mas nem tudo é tecnologia. Em escolas onde o modelo vigente inclui aprendizado baseado por projeto, por exemplo, esse profissional cria aulas que envolvem ações transdisciplinares. Na norte-americana High Tech High, que desenvolve esse modelo de ensino, os docentes se reúnem diariamente para discutir como um determinado conteúdo pode se tornar um projeto que envolva a sua disciplina e as dos demais docentes. Um dos pilares da instituição é exatamente ter o professor como um designer, função que empodera o educador e lhe dá a responsabilidade de ser o guia de sua classe.
Na instituição, as aulas são estruturadas em blocos mais longos – ao contrário dos tradicionais tempos de 50 minutos – com o intuito de integrar o currículo, unificando as matérias e facilitando o aprendizado dos estudantes. Física e matemática são ensinadas juntas, assim como história, filosofia e língua inglesa são aglomeradas em única disciplina: humanidades. “Acreditamos na integração do currículo. Em vez de ir a uma aula de história e uma de inglês, o aluno tem um professor de humanidades. A escola tem um time de professores trabalhando para criar projetos juntos. Existe um aluno que aprende colaborativamente, com tutores virtuais, sozinhos, com material impresso ou não. Nós damos a ele a oportunidade de estudar em cada uma dessas modalidades, de acordo com o que cada um precisa”, afirmou Melissa Agudelo durante o Transformar 2013.
Assim como na High Tech High, a rede Summit Public Schools – grupo de escolas californianas que está ajudando jovens de famílias pobres a ingressar na universidade – usa momentos sistemáticos de encontros entre docentes para fazer o design de seu currículo. Nas escolas, os professores desenvolvem projetos de aprendizado interdisciplinares, que normalmente associam as disciplinas curriculares ao cotidiano dos estudantes, para que façam sentido ao que estão aprendendo, com o objetivo de fazê-los pensar criticamente, além de desenvolver suas habilidades cognitivas.
A rede também está construindo sua própria plataforma de aprendizado on-line e são os professores os responsáveis por inserir conteúdos nesse ambiente virtual. A partir do próximo semestre, as escolas Summit vão adotar o modelo de blended learning – conhecido também como ensino híbrido – o que irá ajudar os designers de currículo a trabalharem mais integradamente, já que precisarão se elaborar juntos os conteúdos baseados tanto em ferramentas on-line quanto em momentos presenciais.
Esses encontros também acontecem, semanalmente, na Quest to Learn – escola pública de NY onde os conteúdos são todos trabalhados por meio de games. Em vez de reuniões entre professores e professores, outros profissionais – como coordenadores pedagógicos e designers de games também –  se juntam para a criação do currículo escolar, que é integrado e repensado para levar experiências que estejam associadas ao mundo real.
Para Brian Waniewski, diretor de gestão do Institute of Play que aplica a metodologia na escola, esses professores são os responsáveis por redesenhar a experiência do aprendizado. “O futuro da aprendizagem é o nosso futuro. O verdadeiro desafio de quem está desenhando um processo de aprendizado é preparar os alunos para um mundo que não podemos ainda imaginar como vai ser”, afirmou Waniewski.
Segundo o professor brasileiro Mota, os designers de currículo surgirão naturalmente, aprendendo de forma involuntária, na prática. “Ainda é uma incógnita saber se as universidades estarão preparadas para formá-los. Desburocratizar o currículo nacional seria fundamental para que esses profissionais conseguissem remodelar seus planos de aula, além de criar programas e disciplinas mais dinâmicas, tornando-os também mais empoderados”, afirma.
 
Criado em 23/04/2013
Do Porvir